quinta-feira, 11 de agosto de 2022

MALBA THANIA VARJÃO.                                        O estudo na faculdade de psicologia na Universidade de Cuiabá-UNIC. Associado a um mergulho profundo em 
processos de psicoterapia psicanalítica para o conhecimento de minha “criança interior”, me proporcionou muito raciocínio, clareza conscientização de minha realidade de vida, reflexões, integração interior/ exterior e o conhecimento de verdades inexploradas que integravam meu jeito de ser: “…a criança fala do adulto…o aluno do mestre…os filhos dos pais…”através desta premissa, conheci minha criança, caçula, voluntariosa é fruto de dois seres de muita personalidade e opinião. Ciente de que cada ser vivente é quem compõe a sua própria história, retomei o meu ofício do magistério e voltei a minha escuta para as verdades de meus filhos, aprendendo cada vez mais, com eles, com meus alunos e até com os silêncios de minha casa, esta que até então estava um pouco distante para fugir do luto que não queria elaborar, vivendo a fantasia da imortalidade através do processo político partidário.                                                              Quando me deparei com meus verdadeiros sentimentos, me surpreendi muito, principalmente com a força da ambivalência dos mesmos.                                                      Vivendo de máscaras e subterfúgios, me vi diante do espelho que refletia o meu verdadeiro “eu”.                                              Não senti felicidade…e sim um pouco mais de paz….                            Não sei se sou mais verdadeira assim… só não me importo com que o Outro espera de mim….               Sou conduzida pela ansiedade… Ela fala de mim: da submissão… Da libertação… da criação….                 Da essência do meu ser!
Presa do medo, refém da existência sofrida…do risco!….                                                                      Mas mesmo assim, criticada…                                   Não fujo do risco… sempre me arrisco, corro todo tipo de risco…No meu existir…nunca me deixo abater pela apatia, desânimo, ou fracasso. Pauto sempre minhas ações na construção da razão… 
O meu existir e racional e o meu ser é totalmente emocional, mas apesar de tudo tenho sempre a consciência do Real nas minhas simbolizações imaginárias.                                                                    A luta e as buscas me impulsionam a explorar cada vez mais a existência. O meu destino é o constante desenvolvimento pessoal e aprimoramento sistorprofissional. Corro riscos e desafios para descobrir a ambivalência que existe no cerne do ser. Na ex/istência, e no ex/istir.   Estou sempre optando pela neutralidade do pre/julgamento, do pre/conceito; mesmo sabendo de todas as dificuldades existentes.       Não sei o significado de tudo…mas sempre persigo os significantes que determinam cada um de meu atos nesta vida. Sabendo de mim, posso reconhecer no Outro. Preciso viver tudo isto. Quero aprender e apreender o Real da realidade. Mesmo ciente de sua inapreensibilidade, a não ser no momento que atravessa o Simbólico. Um eterno aprendiz:                                               “Viver e não ter a certeza de ser feliz…Cantar a beleza de ser um eterno aprendiz… Eu sei que a vida seria bem melhor e será… Mas isto não impede que eu repita: é bonita, é bonita e é bonita”. 
                                       Gonzaguinha

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