quinta-feira, 6 de dezembro de 2012

História de Matupá - M.T.


A Lei Estadual nº 5.317, de 04 de julho de 1988, de autoria do Deputado Sebastião Alves Júnior, criou o município de Matupá, desmembrando-se dos municípios de Guarantã do Norte e de Peixoto de Azevedo.

A Associação de Desenvolvimento Comunitário de Matupá (ADECOM),com objetivos específicos de promover o processo emancipatório do distrito, através do presidente da entidade Sr. Adário Martins comandou o plebiscito, objetivando a consultar a comunidade sobre a viabilidade emancipatória do distrito.

Após a criação do município o dep. Sebastião Júnior veio a falecer em acidente automobilístico no Rio de Janeiro, antes que este completasse um (01) ano de emancipação político administrativa e em homenagem ao se u patronoa avenida principal da cidade passou a levar o seu nome: Avenida Sebastião Júnior.

A origem do termo Matupá, advém da língua Tupi, e significa: floresta à beira d´água. É termo que sintetiza a massa compacta de capim aquático encontradiço à beira dos rios e lagos e em terra flutuante despegada da margem de um rio, por ocasião de enchentes e que vai descendo água abaixo. Esta massa compacta de capim aquático ,coberta de canarana e mucuré, denomina-se Matupá, nome tipicamente amazônico.

Após deixar a Região do Araguaia devido a variedade de conflitos indígenas em toda a região, o Grupo Ometto passou a investir na região, fundando a Agropecuária Cachimbo S/A a quem é creditada a fundação do lugar. Seu nome foi dado pelos empreendedores, que queriam exprimir um padrão urbano através de uma cidade que respondesse às condições ecológicas, integrando-se ao quadro natural onde a floresta e o rio pudessem ser valorizados, e ao mesmo tempo respondessem às nossas tradições de viver em um sítio urbano. Cidade-Floresta,não é apenas cidade-jardim, capaz de ser também pólo do processo de ocupação da região.

Matupá é fruto de um programa de colonização muito especial, foi criada para atender a necessidade de apoio e uma grande região em rápido progresso e desenvolvimento e foi planejada para permitir a industrialização de produtos na região.

As principais atividades econômicas do município são: pecuária, agricultura (cana- de- açúcar, arroz e milho), extrativismo mineral (ouro), e também o vegetal (madeira de lei).


Deputado Sebastião Alves Júnior na Assembléia de MT

HINO PORTAL DA AMAZÔNIA

Valdon Varjão
HINO PORTAL DA AMAZÕNIA


Autoria de Valdon Varjão e Frederico Rondon

Barra do Garças, de todos nós estás no coração,

Barra do Garças, teu nome representa amor e devoção;

Barra do Garças, Barra do Garças,

Estás no coração de todos nós.



Princesa do Araguaia, teu futuro é cor de anil,

Entre as jóias és a mais rara, encrustada no coração do Brasil.

Teu povo hospitaleiro, pela brandura do sertanejo,

Da pátria te fez celeiro, com teu solo benfazejo;



Tens montanhas altaneiras,

Embalando o teu porvir,

Entre as melhores cidades brasileiras,

Fulgurarás pois viverás sempre a sorrir.



Barra do Garças, passado de glória que reluz,

Barra do Garças, à ordem e ao trabalho sempre nos conduz

Barra do Garças, Barra do Garças,

És exemplo que a todos nos seduz.



Dos garimpeiros audazes, forasteiros de todos os rincões,

Que entre sonhos fugazes, a ti legaram mil tradições.

Do Centro-Oeste pujante, resplandeces alvissareira,

Como Portal Triunfante, da Amazônia Brasileira.



De ti espelha a graça, ao encanto do sertão.

Barra do Garças ... querida...

De todos nós,

Sempre estarás no coração.



quarta-feira, 2 de maio de 2012


Vista aérea de Barra do Garças - M.T.

No final dos anos 1960, o Brasil voltou a olhar ao Araguaia. Grandes grupos empresariais investiram em agropecuária naquela área com financiamento da Superintendência do Desenvolvimento da Amazônia (SUDAM) em nome do programa federal:”Integrar para não entregar”. Paralelamente a isto, milhares de migrantes nordestinos, goianos, sulistas e de outras regiões do país, ocuparam terras no vazio demográfico e também invadiram propriedades que desenvolviam atividades agropecuárias.
Muitos participaram da construção social e do desenvolvimento econômico do Vale do Araguaia. Figura ímpar por sua inteligência, criatividade, honestidade e visão futurista, Valdon Varjão foi um destes vultos.
Criterioso, legalista e incorruptível.

História de Barra do Garças Mato Grosso

Em 1924,Antônio Cristino, à procura de um lugar para viver chegou a Barra do Rio Garças, e compra de José Pedro uma propriedade da Água Quente, constando de rancho e curral, surge a conversa sobre garimpo.Cristino Côrtes decide começar a exploração colocando gente que surgissem para garimpar e que mais tarde pudessem lutar pelo Garças e tinha o sonho de transformar a currutela em cidade. Em 1926 já havia um grande número de casas, embora cobertas de babaçu. Cristino Côrtes é o primeiro a cobrir a sua de telha e incentivar outros,o comércio vai surgindo e tudo vai mudando.A vida se prende ao labor do garimpo e a pequenas lavouras que vão surgindo. Surgem as festas:Francisco Dourado festeja o Divino todos os anos, com o mesmo ritual de sua terra a Bahia, Põe imperador, imperatriz e pajem e todos os personagens dos tempos dos senhores escravos da velha Bahia. Cristino também tem a sua devoção com seu santo forte:Santo Antônio o padroeiro da cidade. Até 1932, Barra do Garças estacionou. A partir de 1936, com a criação do Distrito de Paz, Barra do Garças dá um grande salto. Tornando-se independente de Araguaiana. Barra do Garças tem sido insistentemente noticiada pela imprensa brasileira por suas belezas naturais e por ter sido palco de inúmeros fatos que compõem sua história, dentre eles: _ Quartel- General da Revolta Morbeck versus Carvalhinho; _Penetração da Marcha para Oeste, Expedição Roncador-Xingu e Fundação Brasil Central, na conquista da Amazônia; _Primeiro Sequestro Aéreo Brasileiro, Revolução de Aragarças, comandada pelo Major Veloso; Varjão em seu livro: BARRA DO GARÇAS NO PASSADO,faz uma retrospectiva dos fatos relevantes que deram início à sua povoação e seu passado heróico enaltecendo o seu desenvolvimento e plagiando um velho sábio diz:”infeliz do indivíduo ou cidade que não cultua sua história e que não se orgulha de seu passado”.

sexta-feira, 30 de março de 2012

Deputado Sebastiâo Alves Júnior

SEBASTIÃO ALVES JÚNIOR Médico, Secretário de Saúde de Mato Grosso, Deputado Estadual Nasceu em 26 de maio de 1947, em Tupaciguara , estado de Minas Gerais. Filho de Sebastião Alves de Oliveira e Olinta Vale de Oliveira. Formado pela Faculdade Federal de Medicina do Estado de Goiás, concluindo sua pós –graduação em 1972, fixou residência em Barra do Garças-MT onde começou sua luta em defesa da saúde das famílias desprovidas de assistência médica,dedicando parte do seu tempo ao atendimento no Bairro Santo Antônio. Em 1974 se casou com Malba Thania Alves Varjão e se tornou sócio -proprietário do Hospital Cristo Redentor e teve três filhos : Danilo Varjão Alves, Lorena Varjão Alves e Ludmila Varjão Alves. Como médico foi pioneiro no atendimento à população carente do Vale do Araguaia, nos municípios de Santa Terezinha, Ribeirão Cascalheira, Luciara, São Félix do Araguaia, Nova Xavantina, Torixoréu, General Carneiro, Araguaiana, Barra do Garças e distritos de Vale dos Sonhos, Toriqueje e Tabazul. Foi eleito Primeiro Presidente da Associação Médica do Vale do Araguaia de 1979 a 1983, onde conseguindo ter uma atuação profícua interiorizando a medicina nos rincões ainda desprovidos de assistência médica, e por este trabalho benemérito foi convidado pelo então governador Júlio Campos e vice-governador Wilmar Peres de Farias a assumir a Secretaria de Saúde do Estado de Mato Grosso,quando teve condições de, através de convênios com BNDES e FINSOCIAL, conseguir implantar uma política mais eficiente de saúde, abrangendo 100% de cobertura no estado, construindo vários postos de saúde, ambulatórios e pólos regionais, levando aos almoxarifados dos postos de saúde, medicamentos da CEME para distribuição gratuita, voltando todo o seu trabalho para a população carente do Estado a qual ele conhecia tanto. Foi durante sua gestão como secretário, que Mato Grosso recebeu pela primeira vez a visita de um Ministro da Saúde, Dr.Valdir Arcoverde,que efetivou convênios com a CEME, FINSOCIAL, BNDES, POLONOROESTE, com o objetivo de expandir e incrementar aos programas de assistência médico-hospitalar em todo o território mato-grossense. Em novembro de 1986 se elegeu deputado estadual pelo PMDB, passou a fazer parte da Mesa Diretora da Assembléia Legislativa de Mato Grosso como 2º Secretário. Representando a Região do Vale do Araguaia, apresentou durante o biênio 87/88 inúmeras proposições, 382 indicações, apresentar35 projetos de leis, 20 requerimentos,18 emendas aditivas,13 moções congratulatórias, indicando sempre benefícios para os municípios de matogrossenses. Merece destaque a luta que o parlamentar iniciou em favor da construção da Ferrovia Norte-Sul, tendo em vista o trecho que ligaria Goiânia à Cuiabá, passando por Barra do Garças e o Projeto de Lei que criou o município de Matupá. Conquistou ainda, junto à Secretaria Especial de Ação Comunitária a distribuição de mil e quinhentos litros de leite diários, para a população materno –infantil de Barra do Garças. Preocupado com a educação e sabedor de sua importância no desenvolvimento social da comunidade, postulou e conseguiu junto ao Ministério da Educação, recursos para a construção de cinco escolas em Barra do Garças. Foi alvo de inúmeros elogios da imprensa contemporânea por sua justeza de caráter, mas ao lado de algumas vitórias amargou muitas decepções políticas. No final de 1987,desiludido com a ação governamental do então Governador Carlos Bezerra que nada fez pelo município de Barra do Garças e do Vale do Araguaia,deixa a agremiação e junto de amigos e idealistas políticos funda o PTB no Vale do Araguaia, partido pelo qual disputou a prefeitura de Barra do Garças em 15 de novembro de 1988, numa eleição das mais concorridas e difíceis; de quatro candidatos,conseguiu ser o segundo mais votado, perdendo por pouco mais de uma centena de votos num universo de 25 mil votantes. Seu prestígio popular foi salientado quando concorreu sem apoio dos governantes, fazendo apenas uma campanha popular e conseguindo a expressiva votação no município de Barra do Garças, cidade que dedicou toda a sua vida e que dizia ter adotado como seu berço eterno pelo amor que nutria por seu povo. Na noite de 05 de fevereiro de 1989, faleceu no Rio de Janeiro, onde passava férias com a família, foi vítima de atropelamento, ao tentar pegar um táxi, levado ao hospital não resistiu a múltiplas fraturas vindo a falecer horas depois.

sexta-feira, 9 de março de 2012

PROJETO DE ARTE E CULTURA NA ESCOLA        Os registros literários inicialmente, quando Mato Grosso vivia em estado de isolamento não se registravam manifestações literárias, mas a cultura e o pioneirismo,sempre prevaleceram, apesar das dificuldades, pela sobrevivência e pela satisfação das necessidades primárias  na cobiça pela extração das riquezas do solo, o homem pioneiro de nossa região sempre manteve viva a chama da cultura atrvés das diversas manifestação trazidas por forasteiros eo  e o estado se desenvolveu.


 Havia a necessidade do fazer social e os habitantes promoviam festividades que eram trazidas do folclore de onde vinham: nordestinos,goianos,mineiros traziam suas danças,como bumba-meu-boi,serenatas ao som de violões, representações teatrais e religiosas, procissões,cantos festivos, folia de reis,luaus, carnavais e sobretudo tinham a necessidade de se registrar tais fatos e ocorrências durante o desbravar dos sertões. Hoje esta cultura dos pioneiros é perpetuada na cultura de nosso povo, atrvés de projetos desenvolvidos pelas escolas.

PROJETO ARTE E CULTURA NA ESCOLA

VALDON VARJÃO foi o presidente fundador da Academia de Letras ,Cultura e Artes do Centro-Oeste,com sede em Barra do Garças Sempre foi um batalhador incansável pela produção cultural e perpetuação da história de nossa região, para que as gerações futuras não perdessem os valores e o referencial de luta travado por seus antepassados. Pioneiros desbravadores desta região. Heóis anônimos e muitas vezes esquecidos na roda do progresso.

Em 1976 enquanto prefeito de Barra do Garças, prefaciou uma revista denominada:BARRA DO GARÇAS- Retrato de um novo Brasil onde diz:

“Dizer-se que Barra do Garças é hoje a porta de entrada para a Amazônia não é somente repetir um lugar comum. Autoridades ligadas ao setor econômico, bem como a grande imprensa nacional tem reconhecido a vitalidade de que é dotada a nossa região. Uma potencialidade econômica que traduzida em números, revela um crescimento espantoso em curtíssimo espaço de tempo- eis o fenômeno que tem atraído as vistas dos observadores de todo o Brasil e do exterior”...

Um slogan criado pela Prefeitura difundiu-se rapidamente, graças á veracidade da mensagem que encerrava:”Barra do Garças é hoje um convite, uma oferta e uma procura dos desbravadores da Amazônia”. “Se Deus é brasileiro deve ser matogrossense”. Varjão utilizava-se de todas as formas para divulgar Barra do Garças e suas potencialidades econômicas, turísticas e históricas.

O HOMEM E SUA HISTÓRIA


Seu ideal de escrever livros surgiu da necessidade de reviver o passado.

Recolheu fotografias na tentativa de deter o tempo para resgatar lances esquecidos da história de sua cidade natal: BALIZA, denominada por ele:”nosso cantinho de saudade”.

Em sua crônica: RECORDAR É VIVER, fala dos pontos principais da casa onde morou e que hoje não existe mais, da Igreja Matriz, arquitetura de 1935, que viu construir.

Recorda-se das danças folclóricas e das serenatas preservadas pelos artigos moradores descendentes de nordestinos assim como ele, amantes das tradições e que o ensinaram a valorizar e preservar a cultura regional

Hoje ao se deparar com o descaso diante de PATRIMÔNIOS CULTURAIS se indaga:

“O QUE ACONTECEU?”

No seu entender, o patrimônio cultural é o mais sagrado tesouro a ser preservado.

É o tempo no espaço... ...

É o Homem no seu momento... ...

É História nas suas raízes... ...

É a vida eternizada... ...

Pergunta-se:

“Por que transformar e destruir as marcas do passado?...

Há patrimônios que representam memórias ...e destruí-los é um sacrilégio!...

O HOMEM E SUA HISTÓRIA

O HOMEM E SUA HISTÓRIA                          O Homem, com sua rebeldia e na angústia de mudar, muitas vezes estragar, está comprometendo seu próprio planeta:TERRA, transformando-a em um deserto inabitável, um solo infértil, desertificado, sem condições de habitação natural nem social e até sem marcas para recordações ...”


Em seus livros VARJÃO conta histórias e estórias, fatos pitorescos e casuísticos, muitos dos quais teve a satisfação de testemunhar nesta região.

Sua intenção aspira a uma finalidade específica e objetividade divulgar esta região que sempre vem sendo omitida na História de Mato Grosso, por falta de informações ou mesmo desconhecimento dos fatos a serem registrados.

A HISTÓRIA DA VIDA DE VALDON VARJÃO se confunde com a própria HISTÓRIA DE BARRA GARÇAS DO e sua vida está escrita na vida de muita gente desta região.

Considera este seu trabalho incrementador de raízes culturais, éticas e morais da sociedade com a qual teve a honra de conviver e com a qual teve a satisfação de aprender como um trabalho divulgatório e pioneiro, pois seu conteúdo vem dos pioneiros guerreiros que desbravaram esta região: são fundadores como Antônio Cristino Côrtes , Antônio Paulo da Costa Bilego e muitos outros que conheceu e de quem foi contemporâneo.

O fato marcante em seus escritos é o amor desprendido que devota aos valores culturais de sua região, a tentativa imperiosa de que seja conhecido e preservado tudo que diz respeito à Memória e à História de Barra do Garças e a busca incessante de sua transmissão às gerações futuras.

“Se nós perdermos o testemunho do nosso processo cultural e histórico

Acontecendo, ficaremos empobrecidos, sem memórias não teremos

nada que ns fale de nossas tradições e costumes...”

Todas as vezes que visita a cidade onde viveu sua infância, Baliza, volta decepcionado e se indaga: ”O que fizeram de minha cidade ?”

Desta decepção surgiu a luta e vontade de preservar o patrimônio histórico e cultural.

Da cidade que escolheu e que o acolheu, que ajudou a construir e do qual esteve presente em todos os seus momentos felizes e infelizes e estabelecendo um diálogo utópico consigo mesmo diz a presente mensagem :

_SIGO EM FRENTE, POIS DAQUELA BALIZA FAUSTOSA VISIONÁRIA DA MINHA MENTE, HOJE SÓ RESTAM QUIMERAS DE SAUDADES E RECORDAÇÕES. UM DIA TAMBÉM SEREI TRANSFORMADO, E QUE ESSE DIA NÃO SEJA BREVE. DEFRONTO-ME COM A REALIDADE, PORQUE SEI QUE TUDO NA VIDA TEM UM FIM.. E HOJE , EU QUEDO ABSORTO E ME PERGUNTO : A PROPÓSITO , ONDE ANDAM MEUS PASSOS ?